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quinta-feira, 17 de julho de 2008

POESIA PURA

Uma Jornalista Sem Notícias

Ela vivia tocando uma música,
Aquela..., de autor imaginário.
Permitia-se sumir,
Como quem é de Aquário.
Ela estudava semiótica
Pra compreender os otários.
Sofria de um vício:
Tráfego interplanetário.

Ela tinha muito medo,
Medo de dividir seus segredos.
Mas mostrava-se muito forte:
Do gênio aos fios do cabelo.
Ela era tão linda,
Deram-lhe espelhos...

Ela era muito perigosa,
Como uma serpente.
Suas justificativas falhavam,
Como tudo em mente.
Ela não tinha idéia
De como me deixava impaciente.
E ela, como um lençol,
Sempre dormente...
Mas bastava uma palavra com ela
P´reu dormir contente.

Não tinha minha idade,
Mas já pensava em liberdade.
Ela escrevia poemas,
Às vezes, complicados teoremas.
Gostava de Reich,
McLuham, Stones e do Nando
E cuspia nos hinos, love stories e nos hermanos.

Ela andava por aí,
Por aí sem dar pistas.
Não tinha coração,
Coração de egoísta!
Ela tinha um mistério:
Uma misteriosa equilibrista.
Andava sumida,
Sumiu das minhas vistas.
Ela era uma jornalista,
Uma jornalista que não dava notícias.

Um comentário:

Unknown disse...

Aí, gostei disso também........
Beijos
Dea