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terça-feira, 5 de agosto de 2008

POESIA PURA

Eu sobre eu mesmo

vivo nos caminhos...como um cigano sem destino.
interponho-me entre o frugal e o fausto: um dia no luxo, no outro, um zé-ninguém.
a minha vida é um constante deslumbramento diante desse mundo precário. mundo da precariedade humana, gostosa e combalida precariedade mundana!
transfiguro-me em paciência quando sou fogo que arde sob as
fogueiras da concupiscência.
descubro-me um misto de coisas: internexo, intersexo, interregno.
tenho nojo e aniquilo meu apetite diante da possibilidade de sacia-lo. sempre quero mais...
sou cão do mato que ora vagueia pela penumbra das árvores noturnas, procurando carniças postiças da sociedade pós-moderna, pós-eterna, pós-eva, toda merda.
sinto-me condescendente quando não fujo dos muros da minha marginalidade imoral que perturba o sono dos indecentes inocentes.
o meu eu é uma busca desvairada do teu.
decifro cifrões nos olhos daqueles que me interrogam nas escuras
ruas da cidade das vaidades.
eu sou a transformação retomada a cada instante,
a putrefação dos alimentos que servem de esterco para a
árvore do livre pensar; a anarquia de um sangue que espirra de um coração despedaçado.
transito por um nada que existe onde não há nada, pois há tudo.
as fronteiras se me apresentam como um passaporte para a mediocridade diante da fome e também do
medo que sinto da amplidão. a amplidão da mente e da existência humana; da existência do nada que permeia minhas células e o meu gooooozo!!!

2 comentários:

Andrea Dora disse...

Geminiano.........rsrrs

Anônimo disse...

Lembrei-me agora do poeta paraibano Augusto dos Anjos.
Sua poesia pode chocar em alguns aspectos, mas há beleza impregnada nela.
Se ainda não teve oportunidade de ler, leia o livro EU e Outras Poesias, de Augusto dos Anjos.