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terça-feira, 5 de agosto de 2008

POESIA PURA

Eu sobre eu mesmo

vivo nos caminhos...como um cigano sem destino.
interponho-me entre o frugal e o fausto: um dia no luxo, no outro, um zé-ninguém.
a minha vida é um constante deslumbramento diante desse mundo precário. mundo da precariedade humana, gostosa e combalida precariedade mundana!
transfiguro-me em paciência quando sou fogo que arde sob as
fogueiras da concupiscência.
descubro-me um misto de coisas: internexo, intersexo, interregno.
tenho nojo e aniquilo meu apetite diante da possibilidade de sacia-lo. sempre quero mais...
sou cão do mato que ora vagueia pela penumbra das árvores noturnas, procurando carniças postiças da sociedade pós-moderna, pós-eterna, pós-eva, toda merda.
sinto-me condescendente quando não fujo dos muros da minha marginalidade imoral que perturba o sono dos indecentes inocentes.
o meu eu é uma busca desvairada do teu.
decifro cifrões nos olhos daqueles que me interrogam nas escuras
ruas da cidade das vaidades.
eu sou a transformação retomada a cada instante,
a putrefação dos alimentos que servem de esterco para a
árvore do livre pensar; a anarquia de um sangue que espirra de um coração despedaçado.
transito por um nada que existe onde não há nada, pois há tudo.
as fronteiras se me apresentam como um passaporte para a mediocridade diante da fome e também do
medo que sinto da amplidão. a amplidão da mente e da existência humana; da existência do nada que permeia minhas células e o meu gooooozo!!!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

POESIA PURA

Uma Jornalista Sem Notícias

Ela vivia tocando uma música,
Aquela..., de autor imaginário.
Permitia-se sumir,
Como quem é de Aquário.
Ela estudava semiótica
Pra compreender os otários.
Sofria de um vício:
Tráfego interplanetário.

Ela tinha muito medo,
Medo de dividir seus segredos.
Mas mostrava-se muito forte:
Do gênio aos fios do cabelo.
Ela era tão linda,
Deram-lhe espelhos...

Ela era muito perigosa,
Como uma serpente.
Suas justificativas falhavam,
Como tudo em mente.
Ela não tinha idéia
De como me deixava impaciente.
E ela, como um lençol,
Sempre dormente...
Mas bastava uma palavra com ela
P´reu dormir contente.

Não tinha minha idade,
Mas já pensava em liberdade.
Ela escrevia poemas,
Às vezes, complicados teoremas.
Gostava de Reich,
McLuham, Stones e do Nando
E cuspia nos hinos, love stories e nos hermanos.

Ela andava por aí,
Por aí sem dar pistas.
Não tinha coração,
Coração de egoísta!
Ela tinha um mistério:
Uma misteriosa equilibrista.
Andava sumida,
Sumiu das minhas vistas.
Ela era uma jornalista,
Uma jornalista que não dava notícias.

sábado, 12 de julho de 2008

SESSÃO CINEMA: Admirável Mundo Novo

LEITURA RECOMENDADA: Admirável Mundo Novo

O Acervo de Loucuras recomenda a todos aqueles que, além de gostar de uma boa leitura, se amarram em tudo que relacione futuro da humanidade, poder, domínio, clonagem e tecnologia, a leitura do livro Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley. A seguir, o comentário de Maria Clara Corrêa Tenório a respeito do mesmo:
"O cientificamente possível é eticamente viável? O Admirável Mundo Novo, escrito por Aldous Huxley em 1931 é uma “fábula” futurista relatando uma sociedade completamente organizada, sob um sistema científico de castas. Não haveria vontade livre, abolida pelo condicionamento; a servidão seria aceitável devido a doses regulares de felicidade química e ortodoxias e ideologias seriam ministradas em cursos durante o sono. Olhando o presente, podemos imaginar um futuro semelhante em termos de avanços tecnológicos. Será ele de excessiva falta de ordem, da ordem em excesso preconizada por Huxley ou já vivenciamos o pesadelo virtual de Matrix, a fábula cinematográfica atual ?"

Dá pra ler em uma sentada!!!!!
Mais: no Acervo de Loucuras você ainda encontra um vídeo sobre "Admirável Mundo Novo"