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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ANALFABETOS POLÍTICOS por Bianca Sena Simas ................................................................................................................................................. Apesar de o espetáculo da corrupção enojar e distorcer a imagem da política, a opinião pública sobre esse assunto, sem dúvida, é de extrema importância para o desenvolvimento nacional e torna-se necessária quando se tem a democracia como regime de governo, como é o caso do Brasil. Infelizmente, por maus hábitos de alguns políticos, é notável a quase generalizada aversão (ou, talvez, desleixo, egoísmo e ignorância) da população brasileira ou, como diria Brecht, dos analfabetos políticos ao se discutir esse assunto. Em linhas gerais, os analfabetos políticos são em parte como o acendedor de lampiões, personagem do XIV capítulo do livro “O Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint- Exupéry: eles seguem apenas o regulamento, sem nem sequer tentar compreendê-lo. Cheio de moralismos rasos e opiniões pobres, esse tipo de cidadãos medianos, segundo Brecht, enche a boca e “estufa o peito para falar que odeia política”, não sabendo os “coitados” que desse ato criminoso é que surgem as desgraças sociais, o político corrupto, o vigarista, e que, por causa do analfabeto político, elegem-se os políticos analfabetos – veja-se o caso de Tiririca. Diante de um período com grandes transformações sociais e eventos políticos importantes, o mais comum a se ouvir nas ruas são músicas de funk, pagode, futebol, moda e outras futilidades. No entanto, quando se deixa de lado os livros, jornais e revistas de informação, torna-se conivente com a horda de sanguessugas dos cofres públicos e, consequentemente, torna-se tão sujo e corrupto quanto quem se julga. Está aí outro ato errôneo de todo analfabeto político, julgar mal todos os que se envolvem com política. A política está em todos os nossos pequenos atos e a cultura é fundamental para a alfabetização política. Precisa-se de ação, seres autônomos e conscientes, com capacidade de reflexão, afinal de contas, como diria Vitor Hugo, “quem polpa o lobo, sacrifica a ovelha”.

4 comentários:

valeria disse...

Infelizmente a sociedade está desprovida de seres conscientes e com capacidade de reflexão.

valeria disse...

Infelizmente a sociedade está desprovida de seres conscientes e com capacidade de reflexão.

Anônimo disse...

Perdoe-me discordar de você no seguinte ponto: Não vivemos em um regime de governo democrático e sim numa falsa democracia, pois, já que se entende por democracia o "governo do povo", os direitos humanos, tão defendidos em nossa Constituição, mas tão pouco postos em prática, seriam respeitados.
Não podemos culpar o povo por sua ignorância. Conforme cita Tomas Morus, em seu livro Utopia, ao privar o povo da Educação, "os governantes criavam marginais para depois puni-los.
Se há um desinteresse do povo por assuntos importantes que regem suas vidas,há uma negligência imoral por parte daqueles que deveriam defender seus interesses, infelizmente isso inclui muitos dos que se chamam Educadores...

Becken disse...

Bem, é uma interpretação. Cabe dizer que nem mesmo na Grécia antiga existiu de fato uma democracia, já que o "povo" daquela época era formado apenas pelos cidadãos livres, proprietários e do sexo masculino. Mas, para não aprofundar esta discussão, gostaria de lembrar que não sou o autor do texto, ele pertence a outra pessoa. Grande abraço.