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segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Um tempo.
Houve um tempo em que eu ganhava a tarde ouvindo a chuva escorrer pelo telhado acinzentado de minha casa,
debruçado em um colchão velho e macio com uma vela e um fósforo no bolso.
Um tempo em que ficava olhando as angulações que as gotas d’água faziam ao sopro do vento
quando desciam embebidas de vida para doar ao chão fertilidade.
Um tempo em que eu respeitava os trovões e me escondia dos espelhos.
Hoje em dia me sinto forte o bastante para não ter mais respeito pelos trovões nem admiração pela chuva.
E toda vez que ela se aproxima de mim, não a enxergo, não a noto, não a toco.
Estou impermeável à vida.
Troquei os lampejos dos trovões pelas lâmpadas de led.
Uma troca justa para quem não tem mais nenhum tempo.
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